Sabe, moço, agora eu vivo de ausências,
e alimento com lonjuras minha dor...
E a saudade, que me rasga o corpo de dentro pra fora,
é o que torna cada vez
maior em mim o amor.
É... o meu amor se expande (!!!!)
...na mesma medida em que meu coração carece.
Mas sabe, moço, eu já não me importo
com o aperto no peito, nem com a ferida na alma,
ou com a tristeza
roubando minhas noites e minha paz,
e nem com as lágrimas!
É que o sofrer se tornou meu vício, meu amável desvario,
o âmago do meu eu.
E acontece, moço, que a loucura nem é má ideia
se meu amar virou martírio e quase nem sei quem sou....
Me sinto tão distante de mim, que se olhar pra trás já não
me vejo,
e sequer sei se ainda posso
reconhecer-me frente ao espelho.
Olha, moço, acho que às vezes sou o inverso do que fui
embora ainda seja a mais real contradição.
Meu vazio é tão autêntico quanto o inteiro que me retrata
e o meu sossego é tão imenso
quanto a distancia que me afasta do meu bem.
Verdade, moço... a longitude fez de mim um outro alguém.
4 comentários:
Muito bom may , de seu amigo que preza pela sua felicidade bjos
Perfeito! Me identifiquei totalmente :)
UAUUUUU!!!! SUPER ME IDENTIFICO ;) AMEI SEMPRE ME ENCANTO COM OS TEUS TEXTOS. PARABÉNS!!!!! CONTEMPLAREI TODOS :) BJKS!!!! QUE DEUS ABENÇOE GRANDIOSAMENTE ESTA MENTE BRILHANTE, SENSÍVEL, QUE CONSEGUE DESCREVER LINHAS TÊNUES DA NOSSAS EMOÇÕES.
Que texto profundo May, muito bom, ele prende a nossa atenção.
Parabéns, seu nome é sucesso!��
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