Despencou
do seu altar ainda cedo
Teve seus
sonhos despejados na calçada
Aos dezesseis
ela já estava perdida
Em um
céu roxo que já não cantava nada.
Agora, aos
vinte, ela não sabe aonde vai
Anda perdida,
andeja em busca de paz
Pra aliviar
os cortes que ardem no seu pulso,
Pra se
livrar da dor que inevitavelmente atrai.
Vive numa
sombra que é pintada de cor negra
De cor negra como a cor dos pesadelos
De cor negra como a cor dos pesadelos
Evita o
mundo, se esconde de si mesma
Sufoca os
gritos do seu próprio desespero.
Avalia
as unhas pintadas de medo
Contando os dedos encolhida no escuro:
Só mais um sedativo, está na hora de dormir:
se apaga a luz que vem dos seus olhos vermelhos.
Contando os dedos encolhida no escuro:
Só mais um sedativo, está na hora de dormir:
se apaga a luz que vem dos seus olhos vermelhos.
É uma
estranha que conversa com as paredes
Que ri
e chora ao mesmo tempo em seus delírios
Procura
a morte (o seu anelo alienado):
Seu universo
se resume ao suicídio.