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quarta-feira, 26 de junho de 2013

Seu inverno

Faz frio,
e já não me importa
se o frio está dentro
ou lá fora...
Pra mim tanto faz se é o tempo
ou se é esse nosso momento
o motivo de mais um escrito.
Acabou o calor e, aflito,
o inverno invadiu os meus dias
trazendo-me com ele a agonia
de não mais saber como estou:
se feliz pelo frio de agora,
ou querendo de volta o calor.
Deitei numa cama vazia,
e o frio me lembrou dos dias
em que ele era só desculpa
pra chegar um pouco mais perto
e nenhum de nós dois tinha culpa,
ninguém era errado, nem certo.
Mas você foi quem quis desse jeito
arrancou o amor do seu peito,
e eu guardei o amor só pra mim.
Faz frio,
mas eu sei agora
que o frio não é dentro,
é lá fora...
Não sei se foi coisa do tempo,
ou se foi algum contratempo
que desfez nosso amor infinito:
acabou seu calor e, aflito,
seu inverno invadiu os meus dias,
transformei tudo em poesia,
de nós dois nada mais restou:
a não ser o frio de outrora,
só que agora sem o seu calor.

sábado, 15 de junho de 2013

Por trás da sua máscara

Outra vez suas palavras
Despertando a minha ira:
seu humor de longe plácido
e o seu falar pesado e ácido
Têm perturbado a minha paz
Têm roubado até o meu sono.
Agora não mais me engano,
Conheço teu jeito imodesto,
E esse seu ar, que eu detesto,
De quem quer parecer sublime.
Você finge, faz de conta,
Dissimula, desconversa,
Se esconde atrás de um sorriso
Mas o seu olhar te entrega:
Tem gente que até se engana
Com o seu riso, com a conversa,
Mas eu sei que você é sacana,
eu sei que  você não presta.
Você fala mal do mundo,
você julga, põe defeito, 
e com seu vocabulário imundo,
ainda pede mais respeito
quando eu digo que você
fala muito, só reclama
e não aceita ouvir também
que você não é "o certo"
que a verdade não é só sua
que o seu orgulho te faz refém
das coisas que você diz:
cada escolha tem seu preço, 
foi escolha sua ser assim,
ser durão, bancar o "foda"
mas foi você quem disse pra mim
que o mais forte sempre cede
e um dia você vai ver
que esse teu jeito sórdido
ainda vai te emudecer:
sentir a dor das próprias palavras
vai ser o teu pior castigo
o que tem por trás da sua máscara
é muito podre, desprezível;
vou ser teu desassossego,
minha vontade é perversa: 
que enlouqueça e perca o sono
Tanto faz, ou vice-versa