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sábado, 25 de maio de 2013

A alma que dói no corpo


Meus olhos estão pesados,
e já não sei mais se é sono
ou se apenas estão cansados
de tanto chorar.
Sinto a cabeça rodando,
meus pensamentos soltos,
deambulando entre o que já foi
e o que ainda virá.
Meu corpo exausto e cheio de dores
que mais se parecem as dores
que minh’alma sente,
já está esgotado de tanto aguentar
o peso dos meus desejos abandonados,
dos meus sonhos frustrados
pelos desencontros da vida,
que incansavelmente
contraria meus anseios.
E não há remédio que cure,
nem nada capaz de aliviar
as dores causadas pela carga
que repousa em meus ombros.
Talvez o corpo dolorido
seja apenas a solução da alma
para sofrer sem doer, sem riscos,
pra conseguir manter a calma:
 Porque a dor física incomoda,
mas uma alma com dor mata.

A mais importante pra mim


E de repente,
como o sol quando se esconde atrás das nuvens
e como o céu que de azul vira cinza,
foi-se embora o sorriso e a vontade de viver.
E de repente,
como a chuva que cai fina, fria e sem graça,
dos meus olhos passaram a cair lágrimas
de dor, de desespero, de saudade.
Porque de repente,
como uma estrela que no céu se apaga,
na estrada ficou uma vida, de um homem bom,
menino amado, que mesmo indo embora para sempre
não vai deixar de viver em mim.
Porque de uma estrela não se esquece o brilho,
de uma vida não se esquece a luz,
de um amor não se esquece,
de um amigo não se esquece,
dos homens bons não se esquece.